Quando éramos crianças, sonhar era fácil. Queríamos ser astronautas, cantores, inventores de coisas absurdas. Tínhamos coragem de imaginar o impossível — e acreditar nele.
Mas, em algum ponto do caminho, fomos ficando mais quietos. Mais realistas. Menos esperançosos. E os sonhos? Foram diminuindo de tamanho até caberem dentro das contas do mês, dos boletos, das expectativas alheias.
Talvez tenha sido culpa do medo. Ou da pressa. Ou daquelas vozes que diziam “isso não dá dinheiro”, “isso não é pra você”, “melhor não arriscar”. Aos poucos, trocamos o desejo por estabilidade. A ousadia por segurança. A imaginação por produtividade.
Mas será que era pra ser assim?
Será que crescer precisa, necessariamente, significar desistir do que nos fazia vibrar?
Sonhar grande não é sobre fama ou fortuna. É sobre brilho nos olhos. É sobre ter algo que faz o coração bater mais forte mesmo nos dias nublados. É sobre se permitir querer mais — mesmo quando ninguém entende.
Se a gente perdeu esse sonho pelo caminho, talvez seja hora de procurá-lo de novo. Não pra voltar ao que era antes… mas pra lembrar quem a gente sempre foi.