Diário Emocional

A saudade que eu sinto nem sei se é de alguém ou de mim mesmo

Tem dias em que a saudade aperta, mas não tem nome. Não é de alguém específico, nem de algum lugar. É uma saudade que mora no peito, silenciosa, e vai crescendo devagar, como quem não quer ser notada — mas é.

É estranha essa sensação de vazio que lembra uma presença que talvez nunca existiu. Ou talvez existiu sim… mas dentro de mim. Como se eu sentisse falta de uma versão antiga de mim mesmo. Uma que sonhava mais. Que ria com facilidade. Que acreditava que as coisas iam dar certo.

Eu não sei exatamente quando ela se perdeu. Pode ter sido entre uma decepção e outra. Ou nos dias corridos em que fui me esquecendo aos poucos. Só sei que, às vezes, eu paro, olho pro teto ou pra janela, e penso: “quem eu era mesmo?”

E isso machuca. Porque ninguém fala sobre esse tipo de saudade. Aquela que não tem rosto, nem abraço. Aquela que dói de dentro pra dentro.

Mas talvez, só talvez, essa saudade seja um sinal. De que ainda tem algo de mim ali. De que não me perdi por completo. De que posso, aos poucos, me reencontrar.

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