Reflexões

Relacionamento abusivo: sinais de alerta e como agir

Talvez você já tenha sentido que o mundo espera demais de você… e, às vezes, até o amor, que deveria ser refúgio, vira peso. E se eu te dissesse que amar não é controlar, nem ter medo? Vamos conversar sobre isso?

Segundo a OMS, 1 em cada 3 mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual. Mas o abuso não atinge só mulheres; qualquer pessoa pode viver isso. O ponto é: abuso não é “briga de casal”, é uma dinâmica de poder que machuca.

O que é relacionamento abusivo (sem romantizar)

Abuso não é só físico. É quando existe controle, manipulação e medo. Quando você se sente encolhendo, pedindo desculpa por existir, com receio de como a outra pessoa vai reagir.

Tipos de abuso: emocional, psicológico, financeiro

  • Emocional/psicológico: xingamentos, humilhações, chantagem (“se me amasse, faria…”), isolamento de amigos e família.
  • Financeiro: controlar seu dinheiro, impedir que você trabalhe, exigir senhas ou pegar seu cartão “pra ajudar”.

Ciclo do abuso: tensão, explosão e “lua de mel”

Geralmente começa com tensão (clima pesado), vem a explosão (grito, ameaça, violência) e depois a “lua de mel” (promessas, flores, “eu mudo”). Essa fase carinhosa mantém muita gente presa, achando que vai ser diferente.

Sinais de alerta que muita gente normaliza

Ciúme e controle não são prova de amor. Amor saudável dá liberdade e segurança.

Controle e ciúme disfarçados de cuidado

  • Vigiar seu celular
  • Pedir localização
  • Escolher sua roupa
  • Decidir com quem você fala ou sai
  • Aparecer sem avisar “pra te proteger”

Gaslighting: quando te fazem duvidar de você

É manipulação para você questionar sua própria realidade. Frases típicas:

  • “você tá exagerando”
  • “isso nunca aconteceu”
  • “é coisa da sua cabeça”

Com o tempo, sua autoestima e confiança vão embora. Curiosidade: o termo vem de um filme antigo em que o marido fazia a esposa achar que estava louca.

Como agir com segurança se você reconheceu sinais

Plano de saída: quem chamar e o que preparar

Mapeie contatos de confiança, rotas e um lugar seguro. Guarde cópias de documentos e uma pequena reserva. No Brasil, ligue 180 (24h) para orientação e encaminhamento. Procure a Delegacia da Mulher e serviços da rede de atendimento.

Redes sociais e celular: proteja suas contas

  • Troque senhas e ative a verificação em duas etapas
  • Revise quem vê suas postagens e desative o compartilhamento de localização
  • Verifique apps desconhecidos no celular
  • Tenha um e-mail/conta reserva segura

Como apoiar um amigo em possível abuso

Escuta ativa e validação, sem culpar

  • Acredite no relato
  • Diga “tô aqui” e “você não está sozinho(a)”
  • Pergunte “como posso te ajudar?”
  • Respeite o tempo da pessoa

Ajuda prática e rede de apoio

  • Ofereça acompanhar em serviços
  • Guardar documentos
  • Compartilhar contatos úteis
  • Combine uma palavra-código para pedir ajuda

Depois do fim: reconstruir autoestima e limites

Terapia, grupos e conteúdos confiáveis

Busque profissionais e centros de referência. Evite autodiagnóstico e perfis sensacionalistas.

Hábitos que fortalecem a confiança

  • Diário de emoções
  • Exercícios
  • Hobbies
  • Sono em dia
  • Limites claros nas próximas relações

Você merece um amor que seja casa, não prisão. Este tema te tocou? Deixe um comentário ou compartilhe com alguém que possa precisar. Se você estiver em risco no Brasil, ligue 180.

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